A Manhã Seguinte Sempre Chega

A realidade da vida como ela é -  Após se consagrar como escritor na Internet, Gabito Nunes lança “A manhã seguinte sempre chega”, e estoura no mercado editorial



Lembram-se daquela música dos Titãs, “Caras Como Eu”, que fala de um homem que é raro e procurado? Gabito Nunes é este homem. Aquele que toda mulher gostaria de conhecer e que todo homem tem receio de afirmar ser. Depois de levar um legítimo “pé na bunda” o publicitário gaúcho decidiu escrever sobre as mazelas e belezas do amor. Agora a Editora Leitura lança “A Manha Seguinte Sempre Chega”, seu primeiro livro, onde os textos retratam todo o ciclo do relacionamento humano, para o deleite de pessoas apaixonadas, magoadas, à procura ou fugindo do nobre sentimento e de si mesmas.

A partir de uma escrita leve, persuasiva, direta e bem-humorada “A Manhã Seguinte Sempre Chega” fala do comum: amor, sexo, rotina, traição, fim, procura e recomeço. Não importa se é uma garota ou um moço, se está em busca de um encontro na solidão de uma metrópole, levou um fora, fechou o coração para balanço ou encontra-se no limbo, na neura da infidelidade ou no mofo da rotina.

Como numa simples conversa, o autor Gabito Nunes, traz retratos do cotidiano de quem ama. Atrai a atenção das mulheres por fugir do óbvio mostrando o outro lado da moeda, e ganha admiração dos homens por falar a mesma língua. Uma seqüência de textos deliciosos que mostra o relacionamento a dois e as peculiaridades do dia a dia. Discorre do fim ao recomeço e da angústia ao êxtase. Reflete sobre o papel do novo homem e da nova mulher, a crise dos 20-30 e poucos anos e até a visão contemporânea do casamento.

“A Manha Seguinte Sempre Chega” sai da teorização, da engenharia por trás da palavra amor e encosta em quem movimenta este indecifrável sentimento: as pessoas comuns. O livro de Gabito Nunes foge da teoria proposta pelo ideal de relacionamento “felizes para sempre” e narra de forma agradável a vida real de um homem e uma mulher, o comum, a “roupa suja” e o“pijama velho”.

Um dos diferenciais da obra, segundo o próprio autor, é que "os textos são escritos 10% com as minhas palavras e os outros 90% usando inescrupulosamente os registros mentais da vida de quem os lê. Recebo elogios como 'me identifiquei' ou 'chorei demais' ou 'como você sabe tanto sobre mim?' ouço muito isso. É meu termômetro.” A capa, outro destaque, foi cuidadosamente concebida para que o livro fosse imaginado através dela. Na contramão do comum no mercado editorial, o objetivo da capa é representar a simbiose da vida a dois, a normalidade, a impermanência e a desconstrução do ideal hollywoodiano sobre o amor.

A escrita de Gabito Nunes é um espetáculo à parte. Ele usa em seu texto Nietzsche, Bukowski, Fante, Hornby, Woody Allen, Vinícius, João Gilberto, Jobim, Chico Buarque, tudo isso embaralhado a palavrões e linguagem popular. O autor mistura “cultura pop com filosofia como se fosse a coisa mais simples do mundo. Quero que minha escrita toque a pele do leitor, que seja assoprada no ouvido e não construir uma obra plástica e prima.”

Em “A Manhã Seguinte Sempre Chega” o leitor vai se deparar com uma “novela” divertida, emocionante e principalmente deliciosa de ser assistida e vivida. E vai lembrar que cedo ou tarde, bom ou ruim, a manhã do dia seguinte é inevitável.