Lançamento: A história do Instituto Olga Kos

10 anos de inclusão: 
A história do Instituto Olga Kos contada em livro

O lançamento da obra do historiador Célio Turino será em 28 de março, na Cinemateca brasileira
livro conta uma história de sucesso que começou a ser escrita na UTI de um hospital em São Paulo onde o empresário Wolf Kos se recuperava de uma cirurgia. A ideia de criar uma entidade que cuidasse de pessoas com deficiência intelectual veio de uma novela. Enquanto esteve internado, o empresário acompanhou o drama de uma criança com síndrome de Down e saiu decidido a criar uma entidade que pudesse promover por meio da arte e do esporte projetos de inclusão para pessoas com deficiência intelectual, especialmente a síndrome de Down. 10 anos depois, o Instituto Olga Kos, que recebeu esse nome em homenagem à vice-presidente e esposa do empresário,  já beneficiou mais de 10.000 pessoas e, atualmente, atende cerca de 3 mil crianças, jovens e adultos com deficiência intelectual, ou que se encontram em situação de vulnerabilidade social, em mais de 40 locais espalhados por todas as regiões da capital paulista. 
“Desde a sua fundação, a entidade vem se destacando pelos projetos desenvolvidos e pelas ações que mobilizam os paulistanos para garantir que a pessoa com deficiência intelectual reúna condições de participar de forma mais efetiva da sociedade”, afirma Wolf Kos, presidente do Instituto Olga Kos (IOK). 
O Instituto Olga Kos é hoje uma das instituições mais premiadas de São Paulo e coleciona honrarias como a Medalha Anchieta, a Ordem do Mérito Cultural, a Salva de Prata, dentre outros, tendo seu trabalho sendo reconhecido no Brasil e no mundo. Desde o ano passado, o IOK participa de um grande projeto do Vaticano para formatar um novo modelo de educação que leve à construção de uma sociedade mais inclusiva e mais tolerante com as diferenças de credo, raça e condição social. Ainda neste ano, o documento que está sendo elaborado com a participação do IOK e de mais onze entidades de vários países, deverá ser apresentado ao Papa Francisco. O livro do historiador Célio Turino traz detalhes de toda essa trajetória de sucesso e é um marco na comemoração dos dez anos de fundação do Instituto. 
“A força do amor é capaz de tudo e a história do IOK é, sobretudo, uma história de amor!”, resume o autor.   
A inclusão por meio das práticas esportivas e culturais visam trabalhar os aspectos físicos, motores e cognitivos dos indivíduos com deficiência intelectual, aumentando sua consciência corporal, estimulando a autonomia e a interação social e promovendo a participação da família neste processo. Nas oficinas de arte, são realizadas atividades de pintura e dança, enquanto os projetos de esporte incluem oficinas adaptadas de Karate e Taekwondo. Fabiana Fonseca, 33 anos, frequenta uma oficina instalada no CEU São Mateus, na Zona Leste. Quando ela começou no projeto, era muita tímida, quase não falava com o grupo e dificilmente realizava as atividades propostas. Mas, aos poucos, sua postura foi se alterando. Ela passou a realizar as atividades e seu comportamento mudou. Agora, está sempre sorridente e dentro das limitações dela, passou a demonstrar espontaneidade e a cumprimentar a todos no início e no fim das oficinas. As atividades que ajudaram Fabiana a se integrar socialmente trouxeram também melhorias para sua saúde e, nos dias de aula, ela já não toma mais remédios para dormir. 
Esta e outras histórias são comuns no IOK, que além de desenvolver as atividades nas oficinas, organiza ainda corridas e caminhadas pela inclusão e produz um calendário anual que destaca o caráter inclusivo de seus projetos. Diversas personalidades de vários setores da sociedade já deram seu apoio, participando de muitas das ações promovidas pelo Instituto. A ex-jogadora de vôlei Fofão, mesmo acostumada às emoções do esporte, não escondeu o entusiasmo ao falar sobre o trabalho do IOK: 
“Eu conheci o Instituto Olga Kos quando eu fui convidada a fazer parte do calendário 2016. Na hora, me encantei em conhecer o trabalho que eles realizam. Um Instituto que desenvolve projetos artísticos e esportivos para pessoas com deficiência. Um trabalho lindo e único feito com muito amor. E não é só isso, eles contribuem para a inclusão social dando condições para que todos façam parte da sociedade de forma mais efetiva. Por isso eu abraço esta causa com orgulho!”
A cantora Claudia Leitte que participou do calendário de 2017, ao lado da pequena Laura de 8 anos, afirmou que “fazer parte deste projeto só me trouxe alegrias! Inclusão é entender que somos todos iguais”. 
Junto com o lançamento do livro, no dia 28 de março, será aberta também na Cinemateca Brasileira uma exposição, que vai funcionar até o dia 02 de abril, com obras desenvolvidas por participantes dos projetos do Instituto Olga Kos.  
”É gratificante completar 10 anos de um sonho e ver que ele rendeu tantos frutos, que fez tão bem a tantas pessoas. Mas essa é apenas uma etapa de uma longa jornada pela inclusão dessas pessoas tão especiais para todos nós. Que venham mais 10 anos e que possamos continuar tendo motivos para comemorar”, afirma Olga Kos, vice-presidente do Instituto.   
Serviço:
Vernissage e lançamento do livro: 28 de março, 19h às 22h
Exposição: 28 de março à 02 de abril, das 09h às 18h
Local: Cinemateca Brasileira
Endereço: Largo Senador Raul Cardoso, 207 – Vila Clementino – SP
Sobre o Instituto Olga Kos 
Fundado em 2007, o Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural (IOK) é uma associação sem fins econômicos, com qualificação de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), que desenvolve projetos artísticos e esportivos, aprovados em leis de incentivo fiscal, para atender, prioritariamente, crianças, jovens e adultos com deficiência intelectual. Além disso, parte das vagas dos projetos é destinada a pessoas sem deficiência, que se encontram em situação de vulnerabilidade social e residem em regiões próximas aos locais onde as oficinas são realizadas. O Instituto Olga Kos conta com uma equipe multidisciplinar formada por artistas plásticos, arte-educadores, psicólogos, educadores físicos, fisioterapeutas, mestres em Karate-Do e Taekwondo, profissionais multimídia e pedagogos.
As oficinas de esportes buscam incentivar a prática esportiva (Karate-Do e Taekwondo), estimular o desenvolvimento mo­tor e melhorar a qualidade de vida dos participantes. Já as oficinas de artes buscam divulgar a diversidade cultural e artística de nosso país, expandir o acesso à cultura, incentivar o exercício da arte e desenvolver os canais de comuni­cação e expressão dos participantes, por meio dos programas: “Pintou a Síndrome do Respeito” e “Resgatando Cultura”. 
Todas estas atividades procuram garantir que a pessoa com deficiência intelectual reúna con­dições de participar de forma mais efetiva da sociedade da qual ela faz parte. Além disso, o IOK desenvolve a articulação de redes de apoio para geração de renda e inclusão no mercado de trabalho, por meio de parcerias com instituições que promovem o aprendizado de habilidades profissionais.