“O Melhor Abraço do Mundo” 

mostra como o ato de abraçar pode transformar

 o mundo em um lugar melhor

Luluzinha e Jorge são os personagens que guiam o leitor nesta história cheia de sentimentos. 

Escrita por Luciene Balbino, a obra fala sobre conviver com as diferenças


O distanciamento social necessário para conter o avanço do novo coronavírus este ano fez com que o brasileiro tivesse de interromper um hábito muito comum por aqui: dar abraços. Coincidentemente, um livro lançado em janeiro traz como tema justamente essa calorosa demonstração de afeto.

“O Melhor Abraço do Mundo - Ser Diferente Faz Parte da Natureza Humana”, da editora D'Livros, é um livro infantil que fala sobre amizade, saudades e diferenças e mostra a importância do abraço. Já publicado aqui no Brasil, será também lançado em Portugal pela Editora Estúdio Didáctico ainda este ano.

Como personagens principais, a brasileira Luluzinha e o português Jorge. Os dois se conhecem na escola em que frequentam em Portugal. Ela negra, ele branco, convivem também com crianças de diferentes etnias e histórias de vida, com deficiência ou não.

O objetivo da escritora Luciene Balbino é mostrar como somos todos um único povo, formado por nossas diferenças e singularidades. Sem falar diretamente sobre preconceitos, ela mostra como o mundo seria melhor se as pessoas abraçassem mais a realidade do outro e respeitassem as diferentes vivências. 

“Ninguém é melhor que ninguém. Somos seres humanos que precisamos uns dos outros”, afirma a escritora. “A ideia do livro nasceu em Portugal. Eu estava no país, sozinha, sem família… e bate uma carência muito grande. É muito bom a gente poder abraçar. Agora estamos sentindo muita falta disso.”

O personagem Jorge sabe como um abraço é importante e, como não pode mudar o mundo de uma única vez, ele propõe uma campanha para que ele e seus colegas de classe se abracem mais. O que ele e Luluzinha gostariam mesmo é de mudar o nome do mundo para “Abraço”, mas como isso é impossível, o nome da sala de aula passou a ser esse.

“O que eu quis explorar nesse livro são os sentimentos. Já passou da hora de acabarmos com o preconceito, algo totalmente estrutural, criado pelo homem. Em nenhum momento os personagens apontam diferenças, eu quis preservar a pureza das crianças. Quem ensina os preconceitos para os pequenos são os próprios pais, a sociedade.” 


Saudade e o uso da internet

Em determinado momento do livro, os amigos têm de se separar, e Luciene aproveita para trabalhar o tema do uso da internet nos dias de hoje.

“Estamos em um mundo em que estamos cada vez menos humanos, sempre atrás de um computador, de um celular. Mas quando temos de dizer adeus a alguém que a gente gosta, que vai morar em outro país, a internet nos ajuda a diminuir distâncias.”

Novamente, as coincidências em relação à realidade do ano de 2020. Apesar da série de problemas que o uso exagerado das redes sociais e da própria internet podem proporcionar, é através de chamadas de vídeos que muitos netos podem conversar com segurança com seus avós durante a pandemia, por exemplo. Difícil encontrar alguém que não usou essa ferramenta nos últimos meses.  

“Hoje, com a Covid-19, muita gente teve de fazer isso, mas quando a gente puder estar junto, perto, vamos abraçar, ouvir o outro, ajudar o mundo a ser melhor. Pensemos, onde está o abraço hoje? Qual é seu melhor abraço do mundo?”


Sobre a autora :

Nascida em São Paulo, capital, Luciene Balbino é escritora, jornalista, dramaturga e conferencista. Atualmente, divide sua vida entre o Brasil e Portugal. Seu primeiro livro infantil, “O Sonho de Carolina”, foi publicado em 1997. Em 2008, lançou na 20ª Bienal do livro em São Paulo a obra “O Sonho de Cadu” pela mesma editora. Recentemente, a brasileira lançou também “Um driblador da vida: a história de Ryan, um menino que amava o futebol”, biografia sobre Ryan, um menino de 15 anos de idade que morreu vítima de complicações causadas pela Distrofia Muscular de Duchenne. Luciene já montou três peças de teatro em Portugal: Deus, que diabos tô fazendo aqui?;  Mulheres à beira do precipício e a peça Relação Abusiva.


Fonte: assessoria de imprensa