[LUTA CONTRA A EXTINÇÃO] 
Mata Atlântica e o mico-leão-dourado: 
Uma história de conservação

Jornalista Cristina Serra relata a luta pela sobrevivência de espécie ainda ameaçada de extinção
Símbolo da preservação ambiental do Brasil, o mico-leão-dourado trava incessantes batalhas para não ser extinto. Trata-se de um animal endêmico do estado do Rio de Janeiro, ou seja, não existem outros da mesma espécie em nenhum outro lugar do Brasil ou do mundo. Toda a batalha da espécie e de pessoas para que os micos não desapareçam por completo estão presentes nas páginas do recém-lançado livro da jornalista e escritora Cristina Serra.
 Pesquisas datadas de 1970 apontaram que a população de micos era de aproximadamente 200 animais, o que acendeu a luz de alerta para o risco iminente de perdermos a espécie de forma definitiva. As causas principais para a quase dizimação dos micos foram o desmatamento da Mata Atlântica (único habitat onde eles vivem), o tráfico de animais e a caça.
Nomes expressivos na luta contra o desaparecimento dos micos,q como o primatólogo Adelmar Coimbra Filho, criador da primeira reserva biológica em 1974 (ReBio de Poço das Antas) e a Associação Mico-Leão-Dourado (AMLD), responsável pelo monitoramento da espécie e recuperação do habitat a partir da década de 1990, ganham espaço nas páginas ricamente ilustradas do novo trabalho literário da jornalista.

“ Me encantei com a história da conservação do mico-leão-dourado porque é um exemplo de esforço mundial que deu certo. Essa história teve a participação de cientistas, pesquisadores, ambientalistas, órgãos públicos de meio ambiente, empresas, comunidade local e proprietários rurais. Isso mostra que a conservação ambiental requer muito investimento em ciência e pesquisa e também educação ambiental. Acho muito importante falar disso no momento em que estamos vivendo, em que o meio ambiente tem sido tão agredido. “ – Cristina Serra, jornalista e escritora

Segundo censo realizado em 2014, estima-se que a população de micos-leões-dourados atingiu o número de 3700 animais graças aos esforços conjuntos da AMLD, proprietários rurais, população e entidades de pesquisa.  Os micos ocupam matas de oito municípios do interior do Rio de Janeiro, principalmente Silva Jardim, Rio Bonito e Casimiro de Abreu.
Contudo, o surto de febre amarela iniciado em 2017 na região teve impacto brutal sobre a espécie. O censo foi refeito e constatou-se que a população de micos teve redução de 30% caindo para 2500 animais. Cientistas estudam vacinar os remanescentes contra a febre amarela.
Em quase meio século de esforços para salvar este que se tornou o animal símbolo da defesa ambiental no Brasil, o mico-leão-dourado mostrou que é forte, mas ainda depende do ser humano para escapar da ameaça de extinção. “Que este livro sirva para documentar a luta de uma espécie que conseguiu se salvar, e não virar o último capítulo da passagem do mico-leão-dourado pelo planeta”, torce Cristina.
Sobre a autora:
Cristina Serra nasceu em Belém do Pará e formou-se em Jornalismo na Universidade Federal Fluminense.  Trabalhou nas redações dos jornais Resistência, Tribuna da Imprensa, Leia Livros, Jornal do Brasil, da revista Veja e da Rede Globo. Na TV, foi repórter de política em Brasília, correspondente em Nova York e comentarista do quadro “Meninas do Jô”, no Programa do Jô.
Em 2015, foi escalada para a cobertura do desastre em Mariana, pelo Fantástico. Ajudou ainda a fundar o canal digital My News e foi repórter especial do portal Metrópoles. Escreveu o livro-reportagem “Tragédia em Mariana: A história do maior desastre ambiental do Brasil” e atualmente é repórter freelancer de grandes veículos de imprensa nacionais e internacionais.

Serviço:
Livro: A mata Atlântica e o Mico-leão-dourado – Uma história de conservação
Autores: Cristina Serra e Haroldo Palo Jr (fotos).
Editora: Andrea Jakobsson
Páginas: 160

Fonte: assessoria de imprensa